Numa visita a escolas, onde foi vender uns cursos em saldo, abordando a experiência experimentada com a compra do seu computador Magalhães,
José Sócrates ao visitar uma dessas escolas primárias, onde ficar retido é proibido, entra na sala da quarta classe. As crianças estão a discutir as palavras e os seus significados.
O professor pergunta ao 1.º ministro se ele quer moderar o debate, sobre o significado da palavra 'tragédia'.
Então Sócrates pede à turma um exemplo de uma 'tragédia'.
Um rapazinho levanta a mão e diz, 'se o meu melhor amigo, que mora na casa ao lado, atravessar a rua e for atropelado por um carro, isso era uma tragédia'.
'Não', diz o Primeiro, 'isso seria um acidente, pois ninguém teve culpa'.
Uma menina diz: 'se um autocarro cair duma ponte por culpa do motorista, e todos os que lá iam morrerem, isso seria uma tragédia'.
'Também não', explica Sócrates. 'isso seria o que nós chamamos UMA GRANDE PERDA'.
A sala fica silenciosa. Mais nenhuma criança quer arriscar. O primeiro ministro pergunta outra vez: 'Há aqui alguém que me possa dar um exemplo de uma tragédia?'
Finalmente, no fundo da sala, o Joãozinho levanta a mão. Muito baixinho, diz 'se o sr. regressar a Lisboa no avião do Governo e ele for atingido por um míssil dos terroristas, e explodir no céu, isso seria uma tragédia'.
'Correcto!', exclama Sócrates, 'muito bem. E podes dizer-nos PORQUE É QUE isso seria uma tragédia?'
'Bem', começa o Joãozinho, 'porque, como o sr. explicou, não seria um acidente, e, como toda a gente sabe, não seria uma grande perda!'
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